O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado nesta terça-feira (10) por um júri popular a 15 anos de reclusão pelo homicídio de seu ex-comparsa João Morel, assassinado dentro do presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), em 2001.
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, soma mais de 100 anos de prisão em condenações e está preso desde 2001; ele ainda é acusado por lavagem de dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas
Os jurados entenderam que o crime foi cometido com duas qualificadoras, motivo torpe e emprego de meio cruel, mas não com o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, como denunciou o Ministério Público.
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, para dosar a pena, levou em conta o que classificou de "conduta nada recomendável" de Beira-Mar, como elemento desfavorável ao réu.
Beira-Mar deixou o Fórum de Campo Grande por volta das 18h, escoltado por sete carros da Polícia Federal, em direção ao presídio federal da capital, onde já cumpre pena por outros crimes.
No julgamento, que teve início às 9h43 (horário de Brasília) e terminou às 17h55, Beira-Mar negou todas as acusações de participação no homicídio, dizendo que as insinuações partem da mídia, que "faz de tudo para vender jornal".
Beira-Mar assumiu que sabia quem era Morel, mas alegou que não o conhecia pessoalmente. Disse ainda ser vítima de fofocas e que, se a atriz Luana Piovani engravidasse e dissesse que o filho era dele, todos iriam acreditar.
Beira-Mar também aproveitou o tempo para criticar o presídio em que está cumprindo pena. Ele afirmou que quer sair de lá, pois seria "uma fábrica de loucos criada por um psicopata".
Disse também que não gostaria de voltar para o Rio de Janeiro. Segundo ele, ao voltar para o Estado em que ganhou notoriedade, a cada nova ação do tráfico todos os problemas iriam cair "em suas costas".
O único incidente foi protagonizado por um agente federal penitenciário que fazia a segurança do preso. Na hora em que os sete jurados prestavam juramento, o agente desmaiou tombando no ombro de Beira-Mar
A audiência estava marcada para começar às 8h, mas os advogados de defesa do réu, Wellington Correa da Costa e Luis Gustavo Battaglin, só chegaram ao fórum por volta das 9h, e o início do julgamento atrasou.
A acusação
Fernandinho Beira-Mar é acusado de ter ordenado, por telefone, a execução de João Morel, com quem disputava o controle do tráfico na fronteira, na rota do Paraguai. O crime aconteceu no dia 21 de janeiro de 2001, na cela 38 do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Morel foi assassinado a golpes de faca artesanal.
Odair Moreira da Silva assumiu a autoria e foi condenado a 16 anos de prisão pelo homicídio. Silva nega que tenha recebido qualquer ordem para executar Morel. Beira-Mar também nega envolvimento na morte do traficante.
Saiba mais sobre a trajetória de Fernandinho Beira-Mar
Beira-mar cumpre pena no presídio Federal de Campo Grande (MS) pelos crimes de tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro
1996 e 1997 - é preso em Belo Horizonte (MG), de onde foge em março de 1997. Segundo o Ministério Público, usou a porta da frente e pagou propina a carcereiros para ser liberado
Abril de 2001 - é preso na Colômbia e transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ficou até abril de 2002
Setembro de 2002 - foi levado para Bangu 1 no Rio, onde teria comandado uma rebelião que deixou quatro de seus rivais mortos
Fevereiro a maio de 2003 - o traficante foi transferido para o presídio de Presidente Bernardes, em São Paulo. Em março, foi para a Superintendência da PF em Maceió e, em maio, retornou para o presídio de Presidente Bernardes
Julho a outubro de 2005 - é levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília e, em outubro, transferido para Florianópolis (SC)
Novembro 2005 - a Polícia Federal descobre um plano de resgate em Florianópolis, e o traficante é levado novamente para Maceió. O Estado inicia uma batalha judicial para a saída de Beira-Mar, alegando falta de segurança no presídio
Março a julho de 2006 - sai de Maceió e é levado para a Superintendência Regional da PF em Brasília. Em julho daquele ano, vai para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), sendo o primeiro preso a ocupar o presídio
Julho 2007 - é levado para o presídio federal de Campo Grande (MS)
15 de agosto de 2008 - é condenado a seis anos de prisão por associação ao tráfico de drogas pelo 4º Tribunal do Júri da Capital do Rio
26 de agosto de 2008 - é condenado pela 2ª Vara Criminal de Curitiba, a 29 anos e 8 meses.
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, soma mais de 100 anos de prisão em condenações e está preso desde 2001; ele ainda é acusado por lavagem de dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas
Os jurados entenderam que o crime foi cometido com duas qualificadoras, motivo torpe e emprego de meio cruel, mas não com o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, como denunciou o Ministério Público.
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, para dosar a pena, levou em conta o que classificou de "conduta nada recomendável" de Beira-Mar, como elemento desfavorável ao réu.
Beira-Mar deixou o Fórum de Campo Grande por volta das 18h, escoltado por sete carros da Polícia Federal, em direção ao presídio federal da capital, onde já cumpre pena por outros crimes.
No julgamento, que teve início às 9h43 (horário de Brasília) e terminou às 17h55, Beira-Mar negou todas as acusações de participação no homicídio, dizendo que as insinuações partem da mídia, que "faz de tudo para vender jornal".
Beira-Mar assumiu que sabia quem era Morel, mas alegou que não o conhecia pessoalmente. Disse ainda ser vítima de fofocas e que, se a atriz Luana Piovani engravidasse e dissesse que o filho era dele, todos iriam acreditar.
Beira-Mar também aproveitou o tempo para criticar o presídio em que está cumprindo pena. Ele afirmou que quer sair de lá, pois seria "uma fábrica de loucos criada por um psicopata".
Disse também que não gostaria de voltar para o Rio de Janeiro. Segundo ele, ao voltar para o Estado em que ganhou notoriedade, a cada nova ação do tráfico todos os problemas iriam cair "em suas costas".
O único incidente foi protagonizado por um agente federal penitenciário que fazia a segurança do preso. Na hora em que os sete jurados prestavam juramento, o agente desmaiou tombando no ombro de Beira-Mar
A audiência estava marcada para começar às 8h, mas os advogados de defesa do réu, Wellington Correa da Costa e Luis Gustavo Battaglin, só chegaram ao fórum por volta das 9h, e o início do julgamento atrasou.
A acusação
Fernandinho Beira-Mar é acusado de ter ordenado, por telefone, a execução de João Morel, com quem disputava o controle do tráfico na fronteira, na rota do Paraguai. O crime aconteceu no dia 21 de janeiro de 2001, na cela 38 do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Morel foi assassinado a golpes de faca artesanal.
Odair Moreira da Silva assumiu a autoria e foi condenado a 16 anos de prisão pelo homicídio. Silva nega que tenha recebido qualquer ordem para executar Morel. Beira-Mar também nega envolvimento na morte do traficante.
Saiba mais sobre a trajetória de Fernandinho Beira-Mar
Beira-mar cumpre pena no presídio Federal de Campo Grande (MS) pelos crimes de tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro
1996 e 1997 - é preso em Belo Horizonte (MG), de onde foge em março de 1997. Segundo o Ministério Público, usou a porta da frente e pagou propina a carcereiros para ser liberado
Abril de 2001 - é preso na Colômbia e transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ficou até abril de 2002
Setembro de 2002 - foi levado para Bangu 1 no Rio, onde teria comandado uma rebelião que deixou quatro de seus rivais mortos
Fevereiro a maio de 2003 - o traficante foi transferido para o presídio de Presidente Bernardes, em São Paulo. Em março, foi para a Superintendência da PF em Maceió e, em maio, retornou para o presídio de Presidente Bernardes
Julho a outubro de 2005 - é levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília e, em outubro, transferido para Florianópolis (SC)
Novembro 2005 - a Polícia Federal descobre um plano de resgate em Florianópolis, e o traficante é levado novamente para Maceió. O Estado inicia uma batalha judicial para a saída de Beira-Mar, alegando falta de segurança no presídio
Março a julho de 2006 - sai de Maceió e é levado para a Superintendência Regional da PF em Brasília. Em julho daquele ano, vai para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), sendo o primeiro preso a ocupar o presídio
Julho 2007 - é levado para o presídio federal de Campo Grande (MS)
15 de agosto de 2008 - é condenado a seis anos de prisão por associação ao tráfico de drogas pelo 4º Tribunal do Júri da Capital do Rio
26 de agosto de 2008 - é condenado pela 2ª Vara Criminal de Curitiba, a 29 anos e 8 meses.